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Squadra Azurra

  • Foto do escritor: Nayane Veiga
    Nayane Veiga
  • 22 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

Sempre fui uma entusiasta do futebol, criada entre apaixonados pelo esporte e os nem tão apaixonados assim, me tornei uma aficionada e nesse caminho algo deu muito certo ou não, pois quem me conhece sabe que eu sou do tipo que choro, grito e vibro quando meu time ganha e sofro dobrado quando perde, aprendi que futebol não é um simples esporte, é coisa de alma sabe?! Capaz de unir desconhecidos em mesas de bares, de promover abraços entre estranhos em estádios, de reunir toda família em frente a televisão em época de decisão. E cá pra nós, brasileiro mesmo que indiretamente, mesmo que sem querer acaba elevando isso a outro nível. Sou corintiana e orgulhosa demais, mas como amante italiana que sou não poderia deixar de me render a algum time italiano certo? Certo, tenho respeito e admiração por todos os times italianos, são histórias fascinantes, porém o time que ganhou meu completo amor e devoção foi o Juventus FC, eu poderia começar essa história toda de futebol por ele, mas vou começar por uma coisa maior, uma que assim como a seleção brasileira tem poder sobre a gente, tem poder sobre a nação italiana. Então sim, começarei pela Azzurri, a seleção italiana.

Apertem os cintos e curtam a viagem meus amores.

No dia 15 de Maio de 1910, a Arena di Milano viu pela primeira vez a maravilhosa azzurri jogar, vencendo a França por 6 a 2. A primeira guerra mundial interrompeu as atividades futebolísticas , mas logo depois no pós-guerra Giorgio Vaccaro presidente da FIGC (FEDERAZIONE ITALIANA GIUOCO CALCIO), assistiu o melhor momento da seleção italiana.
Conquistaram a copa do mundo duas vezes consecutivas respectivamente em 1934 e 1938, Sob o comando de Vittorio Pozzo, tendo como principais destaques os jogadores Giuseppe Meazza e Eraldo Monzeglio em 34, e Amedeo Biavati, Alfredo Foni e Silvio Piola em 38. E também foram medalhistas de ouro em 36.
Seleção italiana 1934
Seleção italiana 1938, saudando Benito Mussolini
Depois disso passou por um período de hiatus, só voltando a vencer nos anos 60 sob comando de Artemio Franchi. Ganhou em 68 o campeonato italiano e em 1970 chegou a ser finalista da copa do mundo no México, perdendo para o Brasil por 4x1. Logo após Franchi foi eleito presidente da UEFA.
Se tronou tricampeã em 1982, uma seleção poderosa com jogadores como Paolo Rossi, Dino Zoff, Claudio Gentile, Antonio Cabrini, Bruno Conti, Gaetano Scirea e Marco Tardelli. Em 1990 mesmo sendo os anfitriões da copa os azzurri perderam para a Argentina. Já mais tarde em 1994 Roberto Baggio e Franco Baresi erraram os pênaltis e deram a vitoria ao Brasil, na final da Eurocopa 2000, perdeu pra França, emplacando outro fracasso. Foi eliminada pela Coréia do Sul nas oitavas de final no mundial de 2002, tendo um gol anulado, aliás nesse ano a Itália bateu o record de gols anulados, sendo eles cinco. E em 2004 foi eliminada na fase de grupos da Eurocopa.
Em 2006 na Alemanha veio o quarto titulo mundial da Azzurri sendo conquistado, sob o comando de Marcello Lippi, jogadores lendários como Gianluigi Buffon (que foi eleito melhor goleiro do mundial), Fabio Cannavaro, Francesco Totti, Alessandro Del Piero e Andrea Pirlo ( O melhor, do melhor, do mundo). Empataram em 1x1 com França e ganharam nos pênaltis por 5x3. Em 2010 foi eliminado na primeira fase do mundial, foi considerada uma das piores atuações da Azzurri, sem vitórias, um empate com o time apático da Nova Zelândia e a derrota para Eslováquia por 3x2. Marcello Lippi que quatro anos antes foi ovacionado por levar a Itália ao 4° titulo deixou a seleção italiano sob duras criticas e as lesões de Buffon e Pirlo contribuíram para essa má atuação.
Itália tetracampeã em 2006
Seleção italiana 2010
Em 2014 na nossa copa da vergonha, sediada no Brasil, foi eliminada na primeira fase, ganhou da Inglaterra por 2x1, porém perdeu para o Uruguai e para a Costa Rica por 1x0.
Em 2012 foi finalista da Eurocopa e 2008 e 2016 chegou as Quartas de final.
Contando até 2014, a Itália tem exatamente 18 participações em copas do mundo, ficou de fora de apenas duas, a de 1930 onde não se inscreveu, como a maioria das seleções europeias que não tinham interesse por aquela copa. E em 1958, a única vez que a Itália não conseguiu se classificar.

A tradicional camisa azul é homenagem a antiga casa real italiana de Saboia, que tinha no brasão imperial predominantemente a cor azul claro, em italiano azzurro, daí o apelido “Azzurri”.

Brasão da casa de Savoia

*A seleção italiana também teve alguns brasileiros naturalizados cidadãos italianos, tais como Anfilogino Guarisi, José “Mazzola” Altafini, Angelo Sormani, Dino da Costa e Thiago Motta.

*Em 1938 em eminência de uma nova guerra mundial, que realmente veio a acontecer, a Itália jogaria contra a França sede da copa que também usa azul nas quartas de final, se beneficiando disso o ditador fascista Benito Mussolini impôs aos jogadores que usassem uniformes totalmente pretos, fazendo alusão aos “camisas negras”, o exército fascista, que usava farda negra. O preto era a cor oficial do fascismo e acabou causando desconforto e causando grande polemica na época.

*Calções pretos também foram usados na Copa de 66, no jogo contra a União Soviética.

*Desde de 2006 os uniformes e roupas usadas pela seleção italiana levam assinatura de Domenico Dolce e Stefano Gabbana, os estilistas por trás da marca Dolce&Gabbana. Porém os uniformes e roupas dos jogadores e equipe técnica de 2014 seriam os últimos feitos por eles.

Stefano Gabbana e Domenico Dolce

Ufa! Foi uma viagem e tanto, espero que tenham gostado, não queria prolongar muito então deixei de fora as categorias menores. Abrangi o que pude, espero não ter deixado nada de fora. Falarei diretamente dos outros times e campeonatos italianos e europeus dos quais os times italianos participam em posts futuros.

Ciao a tutti, buonanotte :*

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